sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Nasce mais uma vegetariana







Agora sim!
Já tem tempo que eu venho ensaiando retirar a carne da minha vida, e agora finalmente consegui. Foi um processo lento, mas foi importante ter sido como foi. 
          Eu sou reikiana, estudo e jogo Tarot e estudo Psicologia, e me considero uma pessoa espiritualizada, se me permitem usar um termo de significado tão difuso. Sei que a carne tem baixa energia e que pode prejudicar a manter uma energia espiritual boa e limpa. E eu preciso dessa energia limpa, por causa do meu trabalho e do que eu quero fazer na vida. Então, foi um longo caminho desde aprender isso até abandonar a carne. Passei por deixar de fumar, deixar de beber muito (agora só de vez em quando, e pouco), fazer terapia e yoga regularmente até chegar onde estou, vivendo quase totalmente de acordo com o que acredito. E isso me dá muita paz, uma coisa que eu havia perdido nos anos da faculdade de biologia, entre churrascos, festas, cachaças, vodckas e cigarro. 
            Na verdade, acho que esta época de bacanismo, foi muito boa e agora faz parte do que eu sou. Principalmente por que já vivi isso, e sei que não preciso mais. Seria pior viver na falta daquilo que nunca fiz. E agora que "aceitei jesus", ou seja, consegui incorporar no meu ser que isso tudo não condiz com a vida que eu escolhi para mim, estou em paz novamente. 
               Mas não foi fácil, e não foi do dia para a noite. Com relação à carne, que é o motivo deste texto, eu comecei a diminuir o consumo, primeiro por perceber que meus intestinos reclamavam com muita flatulência e uns barulhos estranhos logo após um churras bem regado à carne vermelha, amarela, e de tudo que era cor. Aí comecei a comer menos carne nos churrascos, e a diminuir o consumo de carne no geral. Me sentia melhor ao comer menos carne, bem melhor, fisiologicamente falando. E espiritualmente também.
             Depois disso ,já visualizando (de longe, é verdade) uma vida sem carne, eu fui em um encontro no Parque Olhos d´água com um guru indiano daqueles magrelos e com o rosto infinitamente doce. Lá no meio das conversas, enquanto todos comiam aquela deliciosa amostra da comida indiana, o guru veio em minha direção e disse em um inglês peculiar: "e você, já parou de comer carne?!". E eu: "he he, mais ou menos...". Ele respondeu que eu tinha que "parar de comer carne, energia muito baixa, de planos inferiores, tem que deixar de comer carne!" Ai ai meu pai eterno! Recebi essa incumbência de um guru!!! E isso nunca mais saiu da minha cabeça.
                Mas não o obedeci imediatamente, ainda fui um pouco rebelde, até que meu pai me diz que quer um cachorro para lhe fazer companhia. Ele pesquisou muito e botou na cabeça que queria um labrador. Eu, como filha que sou, fui atrás do canino. Sabendo que um cão de raça é caro, enviei email para meus amigos perguntando quem teria por favor um labrador para doar. E eis que meu amigo me responde que Golden Retrivier também é legal, que eu procurasse um. Procurei os dois. E não é que a minha amiga Joe achou um Golden abandonado no Park Way! Peraí, abandonado? Um cachorro lindo e de raça?! Quem faz uma idiotice dessas?! Praticamente empurrei meu pai para buscar o cão. Nos deparamos com uma enorme criatura doce e amorosa que é muito apaixonante, e não entendo por que, nem em um milhão de anos ou desculpas, que alguém abandonaria este ser na rua, à própria sorte.
                Assim ele me ensinou a pensar nos direitos dos animais. Eu nem gosto deste termo, por que é tentar encaixar a natureza no sistema humano de direitos e deveres, e acho que os animais não têm nada a ver com isso. É questão de respeito à uma vida, respeito à presença de um ser neste planeta, que lutou por gerações e gerações desde o início do mundo para estar aqui, co-habitando a Terra conosco. Assisti filmes e li opiniões sobre o assunto, vi como os animais são mortos e criados, e isso me tocou profundamente. Principalmente por que ajudar a sustentar um sistema que mata e maltrata seres vivos não condiz com minhas crenças espirituais. Comer carne estava cada dia mais difícil.
             Não comer carne ficou muito fácil depois da consultoria para transição da alimentação onívora para a vegetariana que eu tive com a Marina Corbucci (olha a propaganda), que eu indico muito para quem está a procura de ser vegetarianx. Me empolguei e vi que era totalmente possível. Então, desde este dia, menos uma pessoa para comer carne neste mundo!
               Outros motivos me levaram até aqui, como a destruição das áreas naturais para plantação de soja para alimentar gado e para pasto, os gases emitidos pelos rebanhos, a pesca predatória acabando com várias espécies de peixes, e outros motivos que se relacionam com o fato de eu ser bióloga. 
               Vou confessar que tenho a meta do veganismo, principalmente por que quanto mais veganos no mundo, mais as pessoas serão obrigadas a pensar em por que exploramos os animais dessa forma que exploramos, com tanto desrespeito e arrogância. 
                    
      

2 comentários:

  1. ai meu Deus!
    bateu um vento na minha consciência.
    Por enquanto estou na fase de diminuição do consumo da carne. Para ajudar, olho a carne, faço cara de nojo e pergunto a mim mesma: Você vai mesmo comer esse defunto?
    olho a parte da carne tentando imaginar o bicho vivo e onde se encaixava aquele pedaço. Éka!
    é tiro e queda!

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  2. Hahaha!!! Que nojoooo!
    E eu que olho o queijo e penso: "Isso é mesmo feito da secreção de um animal?!"
    Hahahaha!!!
    Tome moqueca de banana da terra.

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